O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pediu a Alexandre de Moraes autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília na terça-feira, 16.
Bolsonaro está em prisão domiciliar após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do STF em processo no qual ele e seu filho Eduardo Bolsonaro são investigados por coação no curso do processo e obstruir investigação sobre milícias digitais e instrumentalização dolosa das redes sociais.
Se for permitida, a visita ocorrerá cinco dias após Bolsonaro ser condenado pela 1ª turma a 27 anos de prisão por organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio.
Tarcísio pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro.(Imagem: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)
Será o primeiro encontro entre Tarcísio e seu “padrinho político” após a condenação. Acredita-se que a ida do governador à capital Federal esteja relacionada às articulações pela aprovação da anistia no Congresso.
Tarcísio é cotado para se candidatar à presidência da República nas eleições 2026. Em razão de condenações na Justiça, Jair Bolsonaro está inelegível.
Ofensas
No mais recente feriado da Independência, Tarcísio atacou Alexandre de Moraes em manifestações do 7 de setembro.
Em duro discurso, afirmou que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”.
Disse, ainda, que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria ser autorizado a ser candidato em 2026 e que “não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro”.
Relembre:
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A fala gerou reação do decano do STF, Gilmar Mendes. Em publicação no X, o ministro defendeu o papel do Supremo na proteção da democracia e disse que “o que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”.
Sem citar Tarcísio, disse que “não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”. Gilmar também afirmou que a verdadeira liberdade “não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”.